O Ministério da Educação confirmou em comunicado terem sido desencadeadas atualizações de segurança com vista a sanar falhas de segurança da plataforma Colibri. O Ministério informa ainda que a plataforma Zoom, que suporta aulas em regime de videoconferência, também procedeu a atualizações de segurança.
Este comunicado surge depois da identificação, por parte das autoridades, de um jovem hacker que encontrou forma de entrar e perturbar algumas aulas lecionadas através de plataformas digitais que têm vindo a ser usadas para o ensino à distância.
O Ministério da Educação refere que uma das unidades da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) assumiu a tarefa de “mitigar os problemas reportados e reforçou a informação junto da comunidade, para que adote as medidas de segurança disponíveis para proteção durante o uso da plataforma”.
“O fabricante do Zoom reagiu com celeridade às falhas de segurança, disponibilizando atualizações de software permanentes, num total de sete só neste mês de abril. Procedeu também à alteração de configurações por omissão, por forma a colmatar as lacunas identificadas”, refere ainda o comunicado do Ministério da Educação.
Os números elencados pelo Ministério da Educação apontam para um total de 203 mil sessões realizadas desde março na plataforma Colibri. O Ministério recorda que, apesar do súbito afluxo de utilizadores que foi registado na plataforma, foram apenas “reportadas duas situações de entrada abusiva em reuniões”.
Apesar de não dar grande valor aos casos de intrusão, o Ministério admite que os dois casos só se tornaram possíveis por não terem sido seguidas as melhores práticas: “a adoção das medidas de segurança pelos utilizadores, já disponíveis àquele momento, poderiam ter evitado estas duas situações”, refere o comunicado.
Nos tempos mais próximos, a iniciativa Metared.org deverá lançar um Webinar para a comunidade educativa que tem por tema cibersegurança. “Qualquer questão ou pedido de suporte sobre a plataforma pode ser feito para colibri@fccn.pt e os incidentes de segurança devem ser dirigidos a report@cert.rcts.pt”, conclui o comunicado do Ministério da Educação.