Na WES, foi criada uma sombra do Facebook como o conhecemos atualmente e onde só ‘habitam’ bots. A empresa de Zuckerberg quer ensinar a estas redes de bots como é que os trolls ‘trabalham’ e como são conduzidos esquemas de fraude na plataforma. O objetivo é depois trazer esses conhecimentos para a rede social e empregar os bots para a limpar e eliminar estes abusos. As botnets agem como utilizadores que fazem Gosto, partilham conteúdos e conectam-se com outros perfis de amigos e veem, em primeira mão, como funcionam os esquemas e como se desenrolam as situações de abuso e assédio. Não há qualquer intervenção humana neste processo.
Segundo o The Verge, a Facebook descreve a WES como sendo uma versão reduzida e mais contida da plataforma, onde foram populados diferentes utilizadores que seguem determinadas rotinas e adotam certos comportamentos online. Alguns destes bots foram treinados para serem os ‘maus’ e dirigir esquemas de fradue e executar abusos.
Esta experiência é uma evolução face ao software de testes já usado no passado, o Sapienz. No modelo atual, a diferença é que os bots atuam no código real da rede social e replicam interações do mundo real.
A abordagem permite também à Facebook descobrir bugs ou falhas no sistema. Alguns bots vão ser equipados apenas com modo de leitura e vão explorar relações nesse modelo. Noutros casos, os engenheiros pretendem usar botnets completamente isoladas e que agem apenas como observadoras das interações e modelar as respostas a mudanças na plataforma, para testar a reação dos utilizadores.
Os investigadores alertam que os bots têm de estar “corretamente isolados dos utilizadores reais para assegurar que a simulação, embora realizada na plataforma de código real, não conduz a interações inesperadas entre bots e utilizadores”.