Como é que os portugueses pagam as suas compras online? Os cartões bancários – de débito, crédito e pré-pagos – continuam a ser a opção mais popular, sendo usada por 46,9% dos compradores. As transferências bancárias surgem em segundo lugar na preferência de opções de pagamento, método usado por 40,1% dos utilizadores. Em terceiro lugar estão os cartões virtuais – cartões digitais descartáveis e associados a uma conta bancária, como é exemplo o MB Net –, usados por 34% dos portugueses.
Os valores fazem parte do nono relatório “Tendências em meios de pagamento”, realizado pela empresa espanhola Minsait Payments, e que também engloba dados de Espanha, Reino Unido, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Perú e República Dominicana.
Ainda segundo o estudo, em 2018 existiam 30,2 milhões de cartões bancários em circulação em Portugal – 21,7 milhões de cartões de débito e 8,4 milhões de cartões de crédito –, o que perfaz uma média de 2,6 cartões por pessoa.
Portugal continua a ser dos países com um menor índice de utilização do comércio eletrónico (e-commerce): estima-se que só 39,1% dos portugueses fazem compras pela internet pelo menos uma vez por mês (a média na União Europeia, em 2018, era de 60%).
Pouca confiança nas big tech
O relatório mostra também qual a expectativa das pessoas que usam serviços de banca online – em Portugal eram, em 2018, 4,04 milhões de pessoas – relativamente ao impacto que as grandes empresas tecnológicas – chamadas de Big Tech no relatório – podem vir a ter no setor bancário e financeiro.
Neste capítulo, 21,4% dos portugueses acreditam que as grandes empresas de tecnologia podem vir a prestar um melhor serviço bancário do que os bancos tradicionais, enquanto 29,7% acreditam que fariam um pior serviço. Entre os dez países analisados, Portugal é o terceiro com o menor indíce de confiança na capacidade de as Big Tech prestarem melhores serviços bancários.
O inquérito descobriu ainda que só 10,7% dos portugueses têm interesse em partilhar informações bancárias com as grandes tecnológicas e apenas 20,4% têm interesse em partilhar informações das redes sociais com os seus prestadores de serviços bancários.
O nono relatório da Minsait Payments foi realizado com a colaboração do grupo espanhol Analistas Financeiros Internacionais (AFI) e inclui opiniões de mais de 45 executivos do setor bancário e mais de 4000 inquéritos a clientes bancários de Portugal, Espanha, América Latina e Reino Unido, informa a empresa espanhola em comunicado.