Dois membros administrativos da rede social Instagram prestaram declarações sobre os riscos do uso excessivo da Internet, perante um comité do parlamento britânico dedicado à adição às tecnologias, na passada quarta-feira. No mesmo dia, uma rapariga de dezasseis anos da Malásia cometeu suicídio após ter utilizado a opção de votação, que permite aos seus seguidores votarem, para saber se devia morrer, ou não.
De acordo com o Business Insider, as autoridades malaias afirmam que 69% das respostas foram a favor da morte da rapariga. Damian Collins, secretário do comité da Digitalização, Cultura, Media e Desporto, ao receber a notícia, iniciou a sessão introduzindo a notícia da morte jovem.
Ao que Vishal Shah, diretor de produto da Instagram, respondeu, dizendo que: «A notícia é, certamente, chocante (…) os nossos pensamentos estão com a família desta jovem malaia».
Karina Newton, responsável pelas políticas públicas da rede social, salientou que a situação é «devastadora» e que a votação violou vários parâmetros das regras comunitárias da Instagram, que proíbem a promoção de práticas suicidas.
«Estamos a tentar perceber se os nossos produtos vão ao encontro às nossas expectativas iniciais, quando decidimos criá-los», «caso constatemos que a opção de “votação” seja usada para fins, que não os que planeamos, vamos ter de fazer alterações nas regras de utilização, tal como fizemos com a opção de Live recentemente», reforçaram os representantes da rede social.
Durante esta semana, a Facebook anunciou também que está a pensar aumentar o controlo e aplicação de restrições a utilizadores que violem o regulamento da opção de livestream, tal como aconteceu em Christchurch, na Nova Zelândia, quando um terrorista transmitiu imagens do ataque a uma mesquita.
Segundo a Business Insider, a Instagram tem estado alerta perante situações de suicídio, dado que em fevereiro deste ano a família de uma rapariga de quatorze anos, do Reino Unido, descobriu que a jovem tinha várias contas na rede social, nas quais publicava imagens de auto-mutilação. No rescaldo da situação, a Instagram baniu imagens chocantes, que envolvam práticas de mutilação, da plataforma.