O YouTube não estará a conseguir fazer o suficiente para evitar a proliferação e a popularidade de vídeos que espalham teorias da conspiração sobre os fogos da Califórnia. Há autores que defendem que o governo americano usou lasers para atear estes incêndios e estes vídeos têm conquistado milhões de visualizações. Para sustentar estas teorias, são apresentadas muitas vezes imagens fora de contexto.
A desinformação, segundo o Motherboard, tem liderado os tops de pesquisas do YouTube e os utilizadores procuram cada vez mais por termos como «conspiracy 2018», «direct energy weapon» e «laser beam». O algoritmo de recomendações e de pesquisas do YouTube tem sido usado pelos criadores destes vídeos para os tornar mais e mais populares. O sistema parece tirar mais partido dos receios dos utilizadores e mostrar conteúdos cada vez mais extremos e falsos.
Em comunicado, o YouTube defende que «no último ano, trabalhamos para dar mais destaque a fontes credíveis para todos os utilizadores que pesquisem temas relacionados com notícias».
Não é a primeira vez que a plataforma de vídeos e a Google são acusados de veicularem conteúdos desinformativos e sem fundos de verdade. Uma das estratégias, segundo a diretora Susa Wojcicki passa por apresentar links para artigos da Wikipedia que desmistifiquem as teorias da conspiração.