“Gastámos um milhão de dólares a colher milhões de perfis de Facebook”, revela o ex-funcionário da Cambridge Analytica, a empresa ligada ao antigo conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon, que usou os dados de milhões de eleitores para direcionar a campanha do atual Presidente dos EUA.
A empresa de análise de dados recolheu, em 2014, por altura das eleições intercalares no país, informações sobre género, raça e “gostos”, capazes de prever o sentido de voto, revelar a orientação sexual (e até histórias pessoais, como se os pais permaneceram juntos ou se separaram ) ou avaliar a vulnerabilidade ao abuso de álcool e drogas. Depois, usou esses dados para construir um programa capaz de prever – e influenciar – o sentido de voto nas últimas eleições presidenciais no país, através de anúncios políticos direcionados, conforme revelaram o The New York Times e o The Guardian.
A recolha de dados foi feita através de uma aplicação, a “thisisyourdigitallife”. Uma parceria da Cambridge Analytica com a Global Science Research pagou a centenas de milhares de utilizadores para fazerem um teste de personalidade e autorizarem o uso dos seus dados para fins académicos. Só que a app também recolheu informação dos amigos dos participantes, o que elevou a dezenas de milhões os perfis envolvidos no esquema.
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