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O alerta da Google surge na sequência de uma reunião entre os responsáveis políticos pelo contra-terrorismo no Parlamento Europeu. A Google esteve representada pela responsável de Gestão de Políticas Públicas, Verity Harding. Os políticos pediam uma maior intervenção da Google na moderação dos conteúdos vídeo que são publicados e que servem de propaganda para as organizações terroristas recrutarem novos membros. Verity Harding explicou aí que já todos se aperceberam do poder do vídeo online e que o YouTube recebe mais de 300 horas de vídeo por cada minuto, ou seja, cerca de dois anos de vídeos por cada hora.
Durante a reunião foram debatidas algumas formas que os governos têm para poder ajudar a Google a lidar com este problema. Agências de segurança, fornecedores de acesso à Net e os próprios consumidores devem ser chamados a intervir neste processo, no sentido de identificarem rapidamente conteúdos que possam ser considerados inapropriados. Por agora, a Google baseia-se na identificação feita pelos utilizadores, mas os vídeos mais mórbidos e violentos não são identificados rapidamente porque os utilizadores querem mesmo vê-los.
Há esperanças de que as agências de secretas possam ter alguma informação a priori que possam partilhar com a Google para se impedir o upload de alguns vídeos, mas neste momento, tudo parece indicar que o YouTube é uma vítima do seu próprio sucesso.
Se a Google e o YouTube conseguirem bloquear este tipo de conteúdos, possivelmente os terroristas passarão a usar sistemas mais pequenos e exóticos e encriptados. Assim, os vídeos conseguem ser partilhados na mesma, mas não se tornam virais.