A Bielorrússia lidera o pouco honroso ranking dos países que mais disseminam spam na Internet, revela um estudo da Cloudmark.
De acordo com a consultora especializada na segurança de sistemas de mensagens, 27,4% dos números de IP usados na Bielorrússia estão classificados como fontes de spam. A Roménia, com 22% dos números de IP, e a Rússia, com três por cento, completam o “top-três” do ranking dos países no que toca à distribuição de spam.
Em consequência da disseminação de mensagens de spam, as mensagens enviadas a partir de três milhões de números de IP da Bielorrússia foram bloqueadas pelas marcas anti-spam convencionais, informam responsáveis da Cloudmark, quando inquiridos pela BBC.
Especialistas da empresa de segurança eletrónica Sophos também confirmam a liderança bielorrussa no que toca ao spam: «Tem o pior índice de spam por utilizador durante o ano inteiro. Neste momento, a Bielorrússia está num campeonato à parte», refere Paul Duckling, investigador da Sophos.
Na origem da ascensão da Bielorrússia no ranking do spam estará a tomada de medidas de outros países da Europa de Leste que, cronicamente, figuravam entre os piores “ninhos” de spam. De acordo com os especialistas, a aplicação de mecanismos cada vez mais eficazes em alguns desses países levou vários spammers a procurarem a Bielorrússia, devido ao facto de tanto os operadores de telecomunicações como as empresas de alojamento nem sempre recorrerem aos mecanismos mais de combate ao spam mais eficazes.
A Rússia, apesar de ainda figurar no terceiro lugar do ranking, é apontada como um caso exemplar no que toca ao combate ao spam e à adoção de filtros pelos vários intervenientes. Em contrapartida, a Roménia, que está na segunda posição do ranking, é apontada como a terra de origem de muitas das organizações que lucram com o correio eletrónico não solicitado (muitas delas já terão expandido para a Bielorrússia).