
Segundo o Internet Security Threat Report da Symantec (ISTR), 0,37% do total das ameaças que pairam em toda a Internet operam no mercado Português. O número pode parecer insignificante, mas bastou para levar Portugal a saltar do 44º lugar (em 2011) para o 38º lugar (em 2012) do ranking de ameaças que são veiculadas on-line.
O ISTR de 2012 revela ainda que é com as botnets que os portugueses devem ter mais cuidado: se o ranking se limitasse a analisar apenas os perigos provenientes dos exércitos de computadores infetados com malware, então Portugal estaria no 24º posto do ranking de ameaças do ISTR, agrupando um total de 0,54% de redes maliciosas que operam em todo o mundo.
O mesmo ranking revela que, neste campo de análise, Portugal não se encontra na denominada “cauda da Europa” – e comprova essa estimativa colocando o País no 12º lugar do ranking de todas as ameaças distribuídas na Web. Ainda no que toca a Portugal, destaque para mais um número que tem dado algumas dores de cabeça aos departamentos de informática: 60% dos e-mails enviados para internautas portugueses são spam. Os setores químico e farmacêutico são os mais que registam maior taxa de Spam, recorda a Symantec.
Estatísticas mundiais
O ISTR dá ainda a conhecer um acréscimo de 42% de ameaças veiculadas na em toda Internet durante 2012.
A Symantec recorda que os hackers têm vindo a apurar mecanismos de ataque a pequenas e médias empresas, que já representam 31% dos alvos atacados durante o ano passado. Parte desses ataques terá apenas por objetivo chegar às empresas de maior dimensão, através de técnicas de intrusão conhecidas por “watering hole”.
Os peritos da Symantec dão como exemplo um ataque que recorreu a esta técnica e terá conseguido causar danos a mais de 500 empresas/entidades num único dia.
No total, foram detetadas 5.291 novas vulnerabilidades em 2012; e cada uma das vulnerabilidades detetadas terá exposto em média 604.826 identidades de internautas dos vários pontos do mundo. No ano passado, a Symantec identificou mais de 74 mil sites maliciosos.
Android ou iOS?
Há cada vez mais telemóveis a navegar na Net – e os hackers não descuram a tendência: em 2012, foram detetadas 415 novas vulnerabilidades em sistemas operativos de terminais móveis. O iOS, o sistema operativo do iPhone e do iPad, registou um total de 387 vulnerabilidades – um número o coloca no primeiro lugar do míni-ranking das falhas de segurança dos telemóveis e que está muito acima das 13 detetadas nos sistemas operativos Android e Blackberry.
Um comunicado da Symantec sublinha, contudo, que o Android, apesar de ter menos vulnerabilidades, é o alvo preferido dos hackers, ao contrário do iOS que só terá sido alvo de uma única tipologia de ataque em 2012.
De 2011 para 2012, a Symantec registou um acréscimo de 58% no total de códigos maliciosos destinados a telemóveis.