A entidade que gere a atribuição de endereços com o sufixo .pt informou que vai aconselhar os internautas e empresas que registaram sites nestes quatro domínios a migrarem para o domínio .pt, que fica liberalizado a partir de 1 de maio.
Pedro Veiga, presidente da FCCN, explicou, em conferência de imprensa realizada esta manhã, que os donos dos sites não serão obrigados a migrar para o domínio .pt, e, só por isso, não se pode dizer que .net.pt, .int.pt, .publ.pt e .nome.pt vão ser encerrados. Além disso, a migração só poderá ser efetuada nos casos em que ainda não há um endereço igual registado no domínio .pt.
A FCCN justifica esta medida com o facto de as quatro variantes do domínio .pt terem tido pouco sucesso. Em contrapartida, as variantes .gov.pt, .edu.pt, .org.pt e .com.pt vão continuar a funcionar e a receber registos de endereços.
Na mesma conferência de imprensa, a FCCN confirmou a notícia avançada em primeira mão pela Exame Informática, que dava conta de que o Conselho Geral da FCCN tinha aprovado a liberalização de registo de endereços no domínio terminado em .pt.
A liberalização começa a 1 de março com um denominado período de “sunrise”, que funciona como última oportunidade de marcas, empresas ou pessoas registarem, sem a concorrência de outras entidades, os endereços com as denominações comerciais que lhes pertencem.
Depois do dia 1 de maio, inicia-se o período de liberalização propriamente dito. O que significa que já não será necessário fazer prova de propriedade de uma marca ou denominação comercial para registar um endereço em .pt. Durante este período, os internautas podem registar qualquer endereço, desde que não promova comportamentos abusivos (violência, racismo, obscenidades, etc.), não seja um nome de uma localidade/cidade portuguesa ou não esteja já registado.
Deste modo, os conflitos em torno dos endereços passam a ser decididos depois de o endereço ter sido atribuído, por um centro especializado em questões de arbitragem, que dá pelo nome de Arbitrare.
A liberalização do registo de domínios é defendida há vários anos por Pedro Veiga e também pelas entidades especializadas no registo e alojamento de domínios (registrars). Tanto o presidente da FCCN como os representantes dos registrars acreditam que o primeiro dia de maio possa ficar marcado por uma corrida aos endereços que ainda não estão registados – até porque a liberalização facilita igualmente o registo de endereços por parte de entidades estrangeiras.