Para precaver a escassez de endereços na quarta versão de endereços IP (IPv4), a PT pretende proceder à migração para o IPv6 de toda a sua infraestrutura – o que vai implicar intervenções em routers, plataformas de gestão de tráfego e aplicações que suportam os serviços hoje disponibilizados pela rede da operadora no País.
Num evento realizado esta manhã com o IPv6 por tema, a PT preferiu não referir os custos quanto a este plano de renovação de hardware e software à escala nacional.
"Sabemos que as empresas vão continuar a usar o IPv4 durante vários anos. E por isso vamos manter ativos os endereços IPv4 em simultâneo com a migração para o IPv6", explica João Paulo Cabecinha, diretor de Gestão de Produtos para Empresas.
De acordo com a PT, apenas na segunda metade de 2011, deverá tornar-se corrente a inclusão de endereços IPv6 nos produtos e serviços de empresas.
João Paulo Cabecinha não tem dúvidas de que a denominada Internet of Things vai desencadear uma corrida aos endereços IP, com a atribuição dos números identificadores a objetos e equipamentos de uso uso diário. A migração agora anunciada pretende dar resposta ao esgotamento de endereços IPv4 (hoje, não há mais de 50 milhões de endereços disponíveis e, tendo em conta que por ano costumam ser atribuídos anualmente 200 milhões de endereços IP, os especialistas já consideraram o IPv4 esgotado).
O IPv6 distingue-se pela atribuição de endereços únicos e fixos que prometem elevar a fasquia no que toca à segurança e à privacidade, bem como potenciar as comunicações em multicast e sem a intermediação de operadores.
"Mas estas funcionalidades só ficam disponíveis quando todos os utilizadores, produtores de conteúdos ou operadores envolvidos em cada conexão já operam com IPv6. Estas funcionalidades não operam em ambientes híbridos", lembra João Paulo Cabecinha.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***