Depois do Clix, é a vez da PT lançar um serviço de TV sobre ADSL. Em conferência de imprensa, a operadora anunciou hoje que vai criar um operador de IPTV com 100 canais.
Segundo os responsáveis da PT, o primeiro passo para o novo operador de IPTV ficou recentemente concluído, com a instalação de todo o equipamento necessário às transmissões do sinal televisivo sobre o protocolo IP na central de comunicações de Monsanto, Lisboa. Até Junho, a PT prevê testar as capacidades técnicas das diferentes tecnologias envolvidas no lançamento dos serviços de IPTV junto de 100 profissionais da companhia. Em Junho, deverá seguir-se um piloto comercial com 5000 utilizadores de Lisboa, Porto e Castelo Branco. Os responsáveis da PT não adiantaram uma data para o lançamento comercial de um serviço que marca a entrada da PT (e provavelmente do Sapo) na era triple play (oferta composta por telefone, Internet e TV). De acordo com cálculos da PT, apenas 40% da população terá condições para aceder aos serviços de IPTV durante uma primeira fase de lançamento do serviço. Para acederem ao novo serviço, os utilizadores terão de estar localizados em posições geográficas que permitam atingir larguras de banda mínimas de 8mbps. De resto, a PT informou que se encontra a fazer um estudo minucioso “bairro-a-bairro” e “casa-a-casa” para apurar as condições com que os vários utilizadores acedem hoje à Net através do ADSL disponibilizado pelas linhas telefónicas. O serviço de IPTV da PT vai distribuir 100 canais. Entre as funcionalidades mais atractivas encontram-se a suspensão da emissão em directo (que pode ser retomada no momento em que foi suspensa, seleccionando a tecla certa no comando), a gravação de programas em directo ou agendados na grelha de programas, serviços de vídeo a pedido e ainda a transmissão do sinal TV em Alta Definição. A PT conta lançar no mercado Set Top Boxes com capacidade para a gravação de 100 horas de filme. O novo serviço de IPTV tem por base uma plataforma da Microsoft, que foi adaptada pela Alcatel e a PT Inovação. Dentro de casa o utilizador vai poder aceder ao serviço através de vários receptores. Esta distribuição poderá ser feita por redes sem fios (provavelmente no novo standard N), adaptação da rede eléctrica através de tecnologia Powerline, adaptação da rede de cabo coaxial doméstica, ou mesmo instalação de uma rede Ethernet. Não foram fornecidos dados quantos aos tarifários que vão ser praticados. Em Portugal, a IPTV estreou em Abril com Smart TV, do Clix. A Exame Informática de Fevereiro (nas bancas desde finais de Janeiro) contém um texto alargado sobre os diferentes projectos de IPTV no País.