Com a ausência de gravidade, até o humor dos répteis muda: um grupo de 15 geckos a bordo do satélite russo Bion-M1surpreendeu biólogos e investigadores da indústria aeroespacial a brincar com uma coleira de identificação, que se soltou de um dos pescoços destes lagartos.
O site da Newscientist recorda que é raro apanhar um réptil a brincar . E isto porque os repteis são animais de sangue frio e evitam despender energias com atividades que não estejam diretamente relacionadas com a sobrevivência ou proliferação da espécie. No Espaço, esta tendência parece ter algumas exceções, como confirma o vídeo captado pela câmara instalada num dos habitáculos do satélite russo.
O Bion M1foi lançado em abril 2013, tendo executado uma missão de 30 dias, antes regressar à terra.
O satélite apenas transportou animais: ratos, peixes, gerbos (também conhecidos por esquilos-da-mongólia), caracóis e lagartos geckos. Em relação aos mamíferos, os lagartos distinguiram-se por evitar as flutuações causadas pela ausência de peso no Espaço devido aos seus dedos peganhosos – mas essa foi apenas a vertente mais animadora da experiência levada a cabo pelos cientistas russos durante 30 dias de voo orbital.
Muitos dos viajantes da Bion M1 não regressaram vivos: os oito gerbos e todos os peixes morreram devido a falhas nos equipamentos que os mantinham vivos; apenas 16 dos 45 ratos sobreviveram às falhas do sistema de abastecimento de comida. Só os 20 caracóis e os 15 geckos regressaram vivos na totalidade, refere a página da Wikipédia sobre a missão russa.
Pode ver os geckos a brincar no vídeo inserido nesta página.