
Chris Roberts tinha um bilhete para fazer uma viagem de avião entre o estado de Colorado e a cidade de São Francisco. O objetivo era participar numa conferência de segurança eletrónica. E o tweet que publicou momentos antes do voo de sábado dava conta disso mesmo, num toco irónico.
Dentro dos 140 carateres permitidos pelo Twitter, o segurança eletrónica admitiu poder vir a disponibilizar, através de um hack, máscaras de oxigénio para todos os viajantes que se encontrassem no avião. Eis uma das traduções possíveis do tuíte: «Encontro-me a bordo de um 737/800, vamos ver a Caixa-IFE-ICE-SATCOM? Vamos brincar com as mensagens EICAS? Ativação de Oxigénio para todos?».
A mensagem não tardou a produzir efeito – e Chris Roberts e chegou nem a ativar o oxigénio nem a brincar com as mensagens EICAS que costumam ser usadas pela tripulação. Pouco depois do tweet, Chris Roberts foi expulso do avião por questões de segurança. A United Airlines reiterou, pouco depois, a confiança na segurança dos sistemas do avião perante eventuais ameaças de hackers como Chris Roberts.
Chris Roberts já não é propriamente um novato nas expulsões de aviões. Na passada quarta-feira, o hacker foi expulso de outro voo da United Airlines. Dessa vez, o perito viu o seu portátil apreendido, após quatro horas de inquérito com o FBI, relata a BBC.
Antes dessa primeira expulsão, Chris Roberts ficou conhecido por liderar a One World Labs e pelas várias entrevistas em que garante ser possível aceder, a partir de um qualquer portátil de um viajante que siga a bordo, a dados de voo e dos motores, que geralmente estão confinados ao cockpit do avião.