Podia ser um filme, mas é um modelo de simulação. Que envolve cientistas da Universidade de Cornell – mas tem como protagonistas zombies. Ou melhor, cidadãos norte-americanos que são, gradualmente, contaminados e transformados em zombies. O modelo assumidamente baseado no romance de ficção científica World War Z já começou a fazer as suas previsões quanto à propagação de zombies nas Terras de Tio Sam. E os próprios internautas podem testar cenários que quiserem, com alguma margem de escolha quanto aos fatores que potenciam a praga.
Em quase todos os cenários, independentemente da cidade norte-americana escolhida para o início do surto, bastam 28 dias para que os EUA sejam dominados por zombies. Mas essa é a previsão mais catastrófica. A previsão menos pessimista revela que algumas zonas mais isoladas dos estados de Montana e Nevada poderão resistir, durante meses, à contaminação, revela a New Scientist.
O simulador, que deverá ser apresentado, em breve, numa conferência em San Antonio, Texas, tem por base os dados recolhidos pelos censos norte-americanos em 2010. A esta informação, junta-se uma correlação de forças entre “infetados” e “não infetados”: a probabilidade de os zombies morderem (e contaminarem) uma pessoa saudável é superior em 25% à probabilidade de uma pessoa saudável matar um zombie. Este diferencial, que pode ser aumentado ou amenizado para testar diferentes cenários, é uma peça-chave na forma como foi desenvolvido o simulador do ataque dos zombies.
Alexi Alemi, investigador da Universidade de Cornell e autor do estudo, sublinha que uma invasão de zombies assume especificidades que não existem noutras pragas menos heterodoxas: «Nas doenças normais as pessoas ou ficam melhor ou morrem. Os zombies não melhoram nem morrem, e por isso a única forma de os humanos se livrarem deles é ativamente matá-los».