Uma mistura de avanços tecnológicos em várias áreas permitiu à Meta desenvolver o Projecto Nazare, de onde saíram os óculos de realidade aumentada “mais avançados” Orion. Estes óculos, apresentados durante o evento Meta Connect 2024, vão estar disponíveis apenas para um público selecionado, onde se incluem funcionários da Meta, para ajudara a desenvolver mais a linha de produtos de realidade aumentada da empresa.
Em comunicado, a empresa explica que os Orion surgem porque acredita que “as pessoas não devem ter de fazer uma escolha entre um mundo de informação ao alcance dos dedos ou estarem presentes no mundo físico à sua volta”. Os óculos de realidade aumentada permitem criar grandes ecrãs holográficos em frente ao utilizador, tendo o mundo real como pano de fundo e colocando conteúdos 2D e 3D e outras experiências por cima, integrando Inteligência Artificial contextual que antecipa e responde proactivamente às necessidades. Por outro lado, apresentam a vantagem de serem leves e ideias para uso quer dentro de portas, quer fora, permitindo continuar a ver outras pessoas e as suas expressões.
A empresa salienta a evolução deste segmento desde os Ray-Ban Meta que abriram uma nova categoria para realçar que os Orion levam o desafio para outro nível. Os componentes são integrados em frações de milímetros e é possível criar novos paradigmas de interação humano-computador, num produto coeso. Os Orion mostram o maior campo de visão em óculos de Realidade Aumentada, possibilitando multitasking e entretenimento verdadeiramente imersivo.
Com as suas lentes completamente transparentes e um formato leve, os óculos podem ser usados o dia todo, enquanto se mantém a vista sobre tudo o que nos rodeia. A integração do assistente inteligente Meta AI permite, por exemplo, abrir o frigorífico e pedir para se mostrar uma receita que se possa fazer com aqueles ingredientes ou realizar uma videochamada e marcar algo no calendário digital, ao mesmo tempo que se lava a loiça.
No futuro, espera-se que os Orion sejam disponibilizados a um público mais alargado com o objetivo de desenvolver internamente o aparelho e preparar uma versão otimizada para o consumidor final, indica a empresa em comunicado.
Outra novidade anunciada pela Meta durante o evento Connect é o Quest 3S, a versão mais barata do headset de Realidade Mista (299,99 dólares), mas que promete ter um desempenho rápido. O Quest 3S é “o melhor headset para quem é novo na realidade mista e experiências imersivas ou para quem está à espera de uma atualização de baixo custo do Quest e do Quest 2”, explica o comunicado. Ver um filme ou série num ecrã do tamanho de um ecrã de cinema, contactar diretamente com o personal trainer, realizar várias tarefas em simultâneo ou jogar são algumas das possibilidades de um headset de realidade mista.
Veja o headset Meta Quest 3S
Neste headset, o sistema operativo Meta Horizon foi melhorado para lidar melhor com computação espacial e ter um melhor suporte para aplicações 2D, como YouTube, Facebook ou Instagram. Há um Travel Mode que permite usar o headset enquanto se viaja. O Quest 3S é compatível com a atual biblioteca de milhares de aplicações e jogos e vai ser alguns exclusivos como Batman: Arkham Shadow.
Além do novo headset, que chega em breve aos Estados Unidos, a Meta anunciou a redução de preço da versão de 512 GB do Meta Quest 3 (de 649,99 dólares para os 499,99) no mesmo mercado.