Depois de lançar a gama Reno12 na China, em maio, a Oppo estreia agora os novos smartphones na Europa. Em destaque no Reno12 e Reno12 Pro, recém-lançados num evento em Ibiza, que a Exame Informática teve oportunidade de acompanhar, está um conjunto de novidades ‘alimentadas’ por Inteligência Artificial generativa na área da produtividade e criatividade, afirmando-se como os primeiros equipamentos da popular série de smartphones a ‘abraçar’ esta tecnologia.
Em linha com outras marcas do sector, a Oppo quer demonstrar que também está na ‘corrida’ da IA, com a ambição de acelerar a adoção de smartphones equipados com esta tecnologia. Segundo dados avançados pela marca numa recente apresentação dedicada à sua estratégia nesta área, ao longo da última década, submeteu mais de 5.000 patentes relativas a soluções de IA, com cerca de 70% a corresponderem a soluções na área de imagem.
A tecnológica afirma que desde 2020 que tem vindo a desenvolver o seu próprio modelo de linguagem de grande escala (LLM na sigla em inglês), apostando também em modelos de visão de grande escala e em tecnologia multimodal. Para acelerar a sua visão na IA, a empresa está a trabalhar em parcerias com a Google, Microsoft, MediaTek, Qualcomm e outras empresas do setor.

No caso do Reno12 e o Reno12 Pro, as funcionalidades integradas nos smartphones prometem agilizar a experiência de utilização. Para as fotografias, por exemplo, chegam opções como a AI Eraser, que permite remover elementos indesejados; ou a a AI Clear Face e AI Best Face, desenvolvidas em particular para as fotografias de grupo.
Por um lado, a a AI Clear Face permite dar o mesmo destaque a todos os elementos de uma fotografia de grupo, restaurando detalhes em alta-definição. Por outro, a AI Best Face identifica pessoas com os olhos fechados, usando IA para os reabrir, explica a marca. Já no AI Studio, os utilizadores podem mostrar o seu lado mais criativo com avatares digitais ou estilos de retrato artísticos, gerados a partir de fotografias.
A Oppo trabalhou em parceria com a Google para trazer o suporte à ‘família’ de modelos Gemini para a linha Reno12, que chegará no futuro à próxima geração de smartphones Find X. Para a produtividade há a AI Toolbox, criada com base do modelo Gemini 1.0, que traz funcionalidades inteligentes na área da escrita e voz, que prometem ajudar na criação de conteúdo, mas também a resumir texto. A propósito de resumos, a AI Recording Summary, implementada na aplicação de gravação, é capaz de resumir, em texto, gravações de voz, organizando-as em notas ou em outros formatos úteis.
Design futurista
Por fora, a nova geração de smartphones chega com um design de inspiração futurista, disponível nas cores prateado e preto, este último com diferenças visuais entre o modelo standard e Pro. O painel traseiro, fabricado em vidro, destaca-se pela textura Fluid Ripple que, segundo a marca, cria uma sensação 3D parecida com a ondulação de água numa cascata.
O modelo Pro conta com um novo ecrã de visualização infinita, com um design de microcurvas quádruplas, concebido para uma maior imersão no conteúdo, mas também para reduzir o número de toques acidentais nas extremidades, afirma a marca.
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Os dois smartphones estão equipados com ecrãs OLED de 6,7 polegadas, com taxa de atualização de 120 Hz, capacidade de reprodução de até 1,07 mil milhões de cores e proteção ocular contra luz azul.
Além de tecnologia Splash Touch, que permite a utilização do ecrã com as mãos molhadas, os displays têm proteção adicional contra quedas, com Gorilla Glass 7i para o Reno12 e Gorilla Glass Victus para o Reno12 Pro. Os dois smartphones têm classificação IP65 no que respeita à proteção contra água e poeira.
Foco na fotografia, eficiência e conectividade
Olhando para as capacidades fotográficas, os dois modelos dispõem de um sensor Sony LYT-600, de 50 MP, para a câmara principal, com focagem automática e OIS. Incluindo ainda um modo Retrato com zoom até 2x. O modelo Pro complementa a câmara principal com uma lente teleobjetiva de 50 MP e com uma câmara frontal de 50 MP, com focagem automática e efeitos de retoque de retrato com IA.
No interior, o Reno12 e o Reno12 Pro estreiam o processador Dimensity 7300 Energy da MediaTek. Já o motor CPU-Vita, que faz parte do mais recente ColorOS Trinity Engine, recorre a IA para identificar o cenário de utilização e distribuir os recursos do SoC adequadamente.
A Oppo afirma também que o motor melhora a utilização da RAM, acelerando a velocidade de arranque das aplicações e das comutações, além de ajudar na gestão do espaço de armazenamento disponível. Com a tecnologia de expansão de RAM é possível converter 12 GB de armazenamento em RAM temporária.
O Reno12Pro dispõe de uma bateria de 5000 mAh, que tem suporte a carregamento rápido SUPERVOOC de 80W, sendo esta uma característica partilhada com o modelo standard da linha.
Na conectividade há destaque para a tecnologia LinkBoost IA, para aumentar a receção de sinal e otimizar a seleção de rede, e a BeaconLink. Esta segunda opção, feita para situações de emergência em que há pouca cobertura de rede, é capaz de aumentar a transmissão Bluetooth para permitir comunicações, neste caso chamadas de voz, a uma distância até 200 metros.
O Reno12 Pro é o primeiro a chegar ao mercado português, estando disponível a partir de hoje, com preço de 649,99 euros. Para já, a marca ainda não avançou com mais dados relativos à chegada do modelo standard a Portugal, mas noutros mercados europeus, o smartphone vai estar disponível por um preço de 499 euros, a partir de 25 de junho.
Nota de redação: a notícia foi atualizada com mais informação após a apresentação