A Dynabook, marca anteriormente conhecida por Toshiba, tem novidades nas linhas de portáteis Satellite Pro, Tecra e Portégé, com modelos que adotam os mais recentes processadores Intel. Como tem sido habitual nesta marca, são máquinas para as empresas, com uma forte aposta nas componentes de cibersegurança, suporte e qualidade de construção. Aliás, a confiança no produto é tanta que a Dynabook tem a política de devolver o valor do portátil caso um Tecra ou um Portégé avarie no primeiro ano. Isto além de, naturalmente, fazer a reparação. Ou seja, nesta situação, utilizador fica com um portátil ‘de borla’.
Durante a apresentação à imprensa, Carlos Cunha, diretor comercial da Dynabook Portugal, sublinhou as vantagens decorrentes de a Dynabook desenvolver e produzir as máquinas. Incluindo a menor dependência de outros fornecedores, o que terá ajudado a marca a conquistar mercado durante este período de escassez de componentes. Segundo o mesmo responsável, a Dynabook consegue construir máquinas à medida com um tempo de resposta de três a quatro semanas e sem exigência de quantidade mínima.
Um PC para usar
O DynaEdge é uma máquina criada para a era da computação edge, uma das grandes tendências da indústria. Trata-se de uma arquitetura de computação onde o processamento ocorre ‘no terreno’. Por exemplo, por profissionais na área da manutenção, construção, saúde, logística e segurança. No fundo, computadores que acompanham o utilizador e aproveitam as redes móveis para se ligarem à cloud.

E é para este tipo de utilizadores que a DinaBook desenvolveu o DinaEdge, um microcomputador disponível em diferentes configurações (Core i3/i5/i7, 8/16 GB de RAM, 256 GB de armazenamento em SSD e 4G – LTE). Esta máquina pode funcionar como um PC ‘comum’, com ligação a monitor e periféricos, uma solução que até tem sido utilizada por algumas organizações para facilitar o teletrabalho – o colaborador pode ter uma pequena docking station na empresa e em casa, ligada a monitor e periféricos, e só transportar este PC ‘de bolso’ entre os dois locais. Mas torna-se mais inovador quando ligado aos DynaEdge Smart Glasses, um sistema de Realidade Assistida, que permite que o utilizador tenha, literalmente, um ecrã num dos olhos (está montado nos óculos). A interface do sistema pode ser controlada pelos botões, tipo joypad, presentes no PC. Uma arquitetura que poderá ser interessante para, por exemplo, formação à distância ou em manutenção – o utilizador poderá visualizar o manual técnico enquanto faz a assistência a um equipamento.
Onde andam os Satellites?
Quando a Dynabook ainda era Toshiba, os portáteis da linha Satellite e Qosmio, criados para o mercado de consumo e não para empresas, chegaram a liderar o mercado nacional. E, por isso, aproveitámos a oportunidade para perguntar a Maite Ramos, diretora-geral da Dynabook Iberia, se vamos ver novamente máquinas da Dynabook nas lojas de informática e eletrónica. A resposta foi um “por enquanto, não”, complementada com “estamos concentrados a garantir que fornecemos um bom serviço aos clientes empresariais”. Ou seja, embora Maite Ramos não tenha ‘fechado a porta’ à reentrada da marca no mercado de consumo, ficou claro que, a acontecer, não será num futuro próximo.