A Intel pretende usar a tecnologia de produção de 3 nanómetros da TSMC em portáteis e centros de dados, enquanto a Apple pode mesmo ser a primeira fabricante a usar este hardware e ao que tudo indica num futuro iPad. Os novos chips devem começar a ser produzidos na segunda metade de 2022 e os primeiros produtos com estes processadores chegam ao mercado em 2023.
Entre as novidades dos chips de 3 nanómetros, a TSMC destaca 10 a 15% de melhor desempenho, enquanto mantém o mesmo consumo energético ou uma redução de 25 a 30% na energia necessária para ter o mesmo desempenho face aos chips construídos segundo o processo de fabrico de 5 nanómetros. Como tecnologia intermédia, e precisando apenas de poucas alterações por parte dos designers de chips, está a variante de 4 nanómetros, o processo N4 que deve chegar em 2022.
Segundo informações já apuradas, a Apple quer usar estes chips já no iPad de 2023. A empresa terá como plano usar a tecnologia de quatro nanómetros, como intermediária, nos iPhones do próximo ano, enquanto passa dos atuais cinco para os futuros três nanómetros.
Já do lado da Intel, as informações do Nikkei são que a fabricante está a trabalhar com a TSMC na linha de produtos de 2023 e que prevê ainda subcontratá-la para a produção de chips, embora os detalhes destes planos sejam escassos. “Os volumes planeados para a Intel são superiores aos que planeamos para o iPad da Apple” admite uma fonte anónima. A estratégia da Intel passa por capitalizar esta novidade para voltar a conquistar mercado que perdeu para a AMD e para a Nvidia nos últimos anos.
Esta estratégia coloca a Intel à frente (pelo menos em teoria) da AMD, que prevê usar chips de 5 nanómetros na próxima geração de processadores, a Zen 4. A AMD está dependente da TSMC no fabrico de chips de processador e GPU, uma vez que a fornecedora habitual, a GlobalFoundries, decidiu em 2018 não construir segundo o processo de sete nanómetros ou inferior.
A TSMC está a construir uma fábrica de 12 mil milhões de dólares no Arizona e a Intel tem previsto um investimento de 20 mil milhões para criar duas fábricas na mesma região.