
Os circuitos elétricos normais são construídos com três produtos básicos: condensador, resistência e indutor. Em 1971, o professor Leon Chua, da Universidade de Berkeley, previu um quarto: o memristor, palavra que resulta da junção de memory (memória) e resistor (resistência).
Tal como a resistência, o memristor cria e mantém uma corrente de eletricidade através do dispositivo, mas ao contrário deste tem a capacidade de se “lembrar” das cargas mesmo quando perde energia. Isto permite-lhe armazenar informação, ou seja, servir como memória de computador, explica a Wired.
Em 2008, a HP anunciou a construção de um memristor que poderia ser usado num computador, com resultados mais eficientes do que os dispositivos usados atualmente. De acordo com a HP, esta forma de memória não volátil teria muito mais desempenho que a memória flash que equipa smartphones, tablets e até centros de dados.
A HP tem uma parceria com a Hynix para o desenvolvimento dos memristores. A versão comercial destes deve chegar ao mercado no fim de 2014, afirmou Stan Williams, da HP. Os porta-vozes da empresa lembram, no entanto, que não estabeleceram nenhum prazo oficial, embora tenham os seus objetivos internos a cumprir.