
Os novos chips, que têm por base o design da ARM e são produzidos pela empresa Calxeda, do Texas, pretendem transpor para o segmento dos servidores algumas das características que distinguem os telemóveis e os portáteis.
À semelhança dos processadores de máquinas de maior dimensão, os novos chips de servidores poderão desligar componentes ou funcionalidades que não são necessárias num determinado momento para concentrarem o consumo de energia nas tarefas consideradas prioritárias.
Além da redução da fatura energética, os novos chips também podem ajudar a poupar nos custos relacionados com o espaço ocupado pelos servidores. Para ilustrar o potencial revolucionário dos novos chips, a HP dá um exemplo: uma sala com 400 servidores, 10 racks de armazenamento, 1600 cabos de rede e eletricidade e um consumo de 91kW pode passar a usar apenas metade de uma rack de armazenamento, 41 cabos de eletricidade e rede e chegar a um consumo de 9,9 kW – caso sejam instalados no local servidores com os novos chips do Project Moonshot.
Os custos de aquisição também diferem nestes dois cenários: o primeiro está avaliado em 3,3 milhões de dólares; o segundo não deverá superar os 1,2 milhões de dólares.
Inquirida pelo The New York Times, a HP fez saber que os primeiros chips terão por principais destinatárias as empresas que têm maiores "parques de servidores" instalados. O lançamento está agendado para meados de 2012.
Apesar de negarem qualquer afronta à Intel (que lidera nos chips para computadores), os responsáveis da HP admitem poder lançar, nos próximos anos, máquinas com estes processadores integrados para outros segmentos do mercado.