Neste momento está a decorrer o Intel Developers Forum (IDF), o grande evento anual onde a Intel apresenta as mais recentes inovações aos parceiros e aos jornalistas. Uma das primeiras revelações refere-se a futura família de processadores deste fabricante, com o nome de código Sandy Bridge.
Para começar, a Intel confirmou que os Sandy Bridge vão manter os nomes comerciais já existentes: Core i3, i5 e i7. No entanto, vão existir mudanças consideráveis no interior dos chips.
Em termos de arquitetura, existem duas novidades que se destacam. A primeira é a junção do processador gráfico (GPU) no mesmo silício do CPU. Recorde-se que os atuais processadores Intel com GPU integrado são, na realidade, constituídos por dois chips independentes colocados lado a lado no mesmo invólucro. Isto significa que o CPU e o GPU passam a ser um único chip, produzidos em simultâneo. A grande vantagem desta fusão é a possibilidade de partilha de recursos entre as duas unidades de processamento, nomeadamente a memória cache. Nestes processadores, o GPU poderá também usar a memória cache, muito mais rápida do que a memória RAM.
A segunda grande novidade é a inclusão de um barramento (bus) em anel para ligar os diferentes componentes do chip. Semelhante ao utilizado, por exemplo, nos processadores gráficos Radeon. Este caminho de dados será capaz de estabelecer ligações entre os núcleos de processamento e a memória cache a 484 GB/s. Tem ainda a vantagem de facilitar a produção de futuros processadores com mais ou menos cores, já que é uma arquitetura facilmente escalonável.
Mas existem ainda outras inovações, como o suporte para as instruções AVX (Advanced Vector eXtensions), capazes de acelerar significativamente operações repetitivas, típicas de aplicações de criatividade ( render de imagens, por exemplo). Segundo a Intel, neste aspeto em particular, os novos CPUs vão ter o dobro desempenho dos atuais.
O Turbo Boost, a tecnologia de aumento de frequência da Intel, foi também sujeito a alterações. Nos Sandy Bridge, esta tecnologia vai ser capaz de aumentos ainda maiores de frequência em espaços de tempo curtos, de modo a que o sistema reaja mais rapidamente em momentos de utilização de pico do processador.
Mas, tecnicamente, segundo a Intel a maior melhoria de desempenho vai dever-se a um aparente pormenor técnico: a capacidade de os Sandy Bridge fazerem duas operações de escrita na memória cache por ciclo de relógio (os atuais Core i3, i5 e i7 são fazem uma).
Os primeiros processadores Sandy Bridge estão agendados para chegar ao mercado no início do próximo ano.
Quais são as suas expectativas relativamente aos novos processadores da Intel? Está a aguardar por estes processadores para fazer um upgrade?
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***