Nascido na América enquanto os pais faziam o doutoramento, Miguel Rufino tirou partido da dupla nacionalidade para estudar nos EUA e tentar fazer vida como jogador profissional de ténis. Quando esta via falhou, o engenheiro eletrotécnico especializou-se na área da robótica, trabalhando durante cinco anos no laboratório de física da Universidade de Johns Hopkins – “um laboratório com oito mil pessoas e um campus enorme” -, onde participou em projetos para agências governamentais americanas, na área dos sistemas não tripulados. Descontente com o modo de trabalhar no laboratório, começou a procurar trabalho na sua área, a ‘robotic perception’ (perceção robótica, em tradução livre). Depois de ter andado cinco meses em processos de recrutamento, ter ido a mais de vinte entrevistas e ter chegado a pensar que não o queriam em mais lado nenhum, acabou por conseguir ficar na primeira opção, a Boston Dynamics, aonde chegou em novembro e trabalha rodeado de Spots.
O que o fez querer esta mudança de um laboratório estatal para o setor privado?