Na fábrica de armas mais antiga de que há conhecimento, com 7 200 anos, produziam-se em massa pedras para serem usadas nas fisgas. Arqueólogos encontraram cerca de 400 unidades destas pedras, em dois locais de escavações no terreno onde hoje fica Israel e sugerem que havia um elevado grau de organização na preparação de guerreiros para as batalhas já há milhares de anos.
As pedras encontradas são todas semelhantes entre si, parecem ter sido polidas para serem mais aerodinâmicas e medem, em média, 52 por 31 milímetros, pesando 60 gramas, noticia o IFLScience. “As pedras, que eram para ser projetadas a partir de um fisga, foram amaciadas, com uma forma específica bicónica aerodinâmica, para uma projeção exata e efetiva”, afirma a Autoridade de Antiguidades de Israel em comunicado. Este modelo de pedra foi depois adotado pelos Gregos e pelos Romanos.
“A semelhança entre as pedras aponta para uma produção industrial de grande escala (..) A uniformidade de peso, forma e tamanho das pedras sugere que foram sistematicamente manufaturadas para uso por parte de guerreiros com fisgas padrão, permitindo um treino efetivo”, contam os investigadores.
A descoberta indicia que na Era do Cobre proliferavam formas de combate organizado, algo que é reforçado também pelas descobertas de “edifícios públicos monumentais” nestes locais de escavação, com os arqueólogos a teorizarem a existência de uma “sociedade estratificada, envolvida em trocas interregionais ou internacionais e propícia a conflitos”.
O facto de terem sido encontradas em pequenos montes sugere que as pedras eram usadas para disparo em massa por um ou mais atiradores localizados em cada ponto.