A região montanhosa a 75 quilómetros de Marraquexe onde se deu o sismo que provocou a morte de quase três mil pessoas é o local onde as placas tectónicas de África e Europa se juntam, tornando a área propensa a este tipo de fenómenos. Agora, surgem imagens de satélite e medições de radar que mostram o quanto estas placas se movimentaram após o sismo. A BBC cita que o movimento ascendente chegou aos 15 centímetros, enquanto o descendente chegou aos 10 centímetros.
O epicentro do sismo foi numa região montanhosa, com o terramoto a chegar aos 6,8 de magnitude e provocando destruição completa de inúmeras aldeias e de várias infraestruturas. O número de mortos está quase nos três mil, mas há várias equipas de salvamento ainda a atuar no terreno pelo que a contagem pode vir a aumentar.
As imagens captadas por satélite estão a ajudar os cientistas a perceber se há risco de tremores subsequentes. “Os satélites em órbita da Terra são únicos na sua capacidade de fornecer uma vista ampla das áreas afetadas e também informação muito detalhada”, conta Simonetta Cheli, diretora da Agência Espacial Europeia, referindo depois a capacidade de medição com o radar a bordo do Copernicus Sentinel-1. As imagens usadas para o cálculo foram captadas a 30 de agosto, antes do sismo, e a 11 de setembro, três dias depois de a terra ter tremido.