O fenómeno ChatGPT da OpenAI trouxe os últimos desenvolvimentos da Inteligência Artificial para a ordem do dia e parece ter precipitado uma nova corrida entre as grandes tecnológicas. Mas a discussão e a inovação tem estado, sobretudo, nas capacidades da IA no mundo digital. A Meta parece querer trazer essas capacidades para o mundo real.
A dona do Facebook anunciou “dois avanços significativos de Inteligência Artificial e Robótica, que foram revelados na Facebook AI Research (FAIR)”. Inovações que têm por objetivo criar robôs capazes de “efetuarem tarefas sensório-motoras no mundo real”. O que inclui realizar atividades quotidianas, como manipulação de objetos, algo que, até agora, tem provado ser de difícil implementação. A destreza e a sensibilidade humana têm sido extremamente complexas de replicar nos robôs.
Para desenvolver as duas novas tecnologias anunciadas, Adaptive Skill Coordination (ASC) e Córtex Visual Artificial, a Meta recorreu – lá está – à Inteligência Artificial. Neste caso, algoritmos capazes de aprender com a observação de humanos. Umas das vantagens destas técnicas é que, segundo foi anunciado, “vão permitir que robôs e outros assistentes de inteligência artificial operem no mundo real, sem propriamente utilizarem dados do mundo real”. De outro modo, os robôs vão poder aprender através, por exemplo, da observação de vídeos, sem que tenham de ser treinado num mundo físico.
Robôs assistentes
Segundo a Meta, estas tecnologias em associação com a tecnologia de IA de interpretação de linguagem natural poderão levar ao desenvolvimento de robôs assistentes. Por exemplo, poderemos pedir ao robô “para levar a loiça da sala de jantar para a cozinha”. A Meta também pretende explorar como melhorar o comportamento dos robôs junto das pessoas: os robôs poderão antecipar as necessidades dos humanos de modo a ajudá-los nas tarefas quotidianas.