Todos os anos, investigadores conseguem descobrir e catalogar dezenas de objetos no Sistema Solar, mas o nono planeta que se junte aos oito já conhecidos continua a ‘escapar-se’. Nos últimos cem anos, temos registado a descoberta de vários planetas anões, categoria à qual foi despromovido Plutão, mas não de um planeta com as características que se espera.
Há boas razões para a comunidade acreditar que existe um nono planeta, conhecido por Planeta Nove ou Planeta X. Os cientistas explicam que a forma como entendemos hoje o Sistema Solar só faz sentido se houver este planeta, nomeadamente devido às regras da força gravitacional. O Sol tem a maior força gravitacional de todos os objetos do Sistema Solar e é por isso que os planetas orbitam à sua volta. Os objetos mais distantes, no entanto, assumem uma órbita mais inesperada, em grandes elípticas ou agrupadas e existem num plano inclinado comparado com o resto do Sistema.
Modelos computacionais indiciam que estas órbitas só são passíveis de serem explicadas se houver um objeto que tenha pelo menos dez vezes a massa da Terra e que esteja a causar estes comportamentos, explica o Science Alert.
O problema é que há décadas que os cientistas tentam procurar este planeta gigantesco, sem sucesso. Há uma corrente que defende que este está 20 vezes mais longe do Sol do que Neptuno. Com os métodos atuais de observação, que dependem do reflexo da luz do Sol, e dada a longa distância, a tarefa afigura-se bastante difícil. Apenas temos pequenas janelas de tempo onde se reúnem as condições ótimas para a observação, uma noite sem lua e quando a localização que estivermos a analisar esteja na orientação correta.
A expetativa é de que a próxima década traga novos telescópios e novos métodos que permitam fazer esta tão ansiada descoberta pelo Planeta Nove.