A par de uma desafiante carreira de investigador numa das mais reputadas universidades britânicas, o King’s College, e do trabalho no consórcio patrocinado pela Nvidia, MONAI, de promoção da IA aplicada à Medicina, Jorge Cardoso dedica-se com frequência a atividades de comunicação e divulgação para o público, esforçando-se por mostrar que não há nada a temer e muito a ganhar quando o assunto são algoritmos. Uma tarefa que é mais fácil quando se tem crianças pela frente do que quando a plateia é composta por adultos. “Porque as crianças não têm preconceitos sobre o que é a IA. Além de estarem habituados à tecnologia desde a nascença”. Num dos seus trabalhos mais recentes, o engenheiro biomédico, pela Universidade do Minho, coordenou a criação de uma base de dados de cem mil cérebros, com imagens realistas, em 3D, que podem ser usadas pela comunidade médica para estudar problemas como a demência, envelhecimento e doenças degenerativas. Está também empenhado em desenvolver colaborações científicas com Portugal, o que até agora “não tem sido muito fácil”.
Diz que é muito comum deparar-se com ideias preconcebidas relativamente à IA. Quais são as mais comuns?