A 24 de julho, a China lançou o Long March 5B, o seu maior foguetão, para levar um módulo para junto da estação espacial que está a ser criada no espaço. Pela forma como funciona, sabia-se que este lançamento ia originar quedas descontroladas de partes do aparelho, nomeadamente do núcleo, uma peça que tem entre 17 e 21 toneladas. Tal veio mesmo a verificar-se, com o Comando Espacial dos EUA a confirmar a reentrada dos vestígios às 17h45 (hora de Lisboa) de sábado, dia 30.
A agência espacial chinesa confirmou ter estado a monitorizar toda a reentrada e que os vestígios caíram sobre o oceano, com a maior parte a não ter sobrevivido à reentrada, incinerando-se antes.
Vários utilizadores partilharam nas redes sociais imagens da aparente reentrada.
O administrador da NASA, Bill Nelson, reprovou esta forma de atuação: “A República Popular da China não partilhou informações específicas da trajetória do Long March 5B. Todas as nações espaciais deviam seguir as boas práticas estabelecidas e fazer a sua parte na partilha deste tipo de informação antecipadamente, sendo esta essencial para serem feitas previsões realistas do potencial de impacto”.
O local da queda só foi confirmado pouco antes de esta acontecer efetivamente. Não há vítimas ou danos a registar, com as peças a terem caído então para o Oceano Índico, perto da região do Bornéu.
Esta é a terceira missão da China com o Long March 5B e a terceira vez que o mundo assiste a uma aterragem descontrolada. Nas vezes anteriores, tal como nesta, não se registaram feridos ou danos. O país tem prevista mais uma missão com este foguetão em outubro, altura em que vai colocar o módulo de telescópio no espaço.