O objeto conhecido como C/2014 UN271 ou cometa Bernardinelli-Bernstein está prestes a fazer a sua passagem mais próxima do Sol. De acordo com o Space, o mega-cometa tem pelo menos 150 quilómetros de diâmetro e é cerca de 31 vezes maior do que a maior dos cometas vistos pelos astrónomos que preveem que a sua aproximação mais próxima à Terra irá ocorrer daqui a 10 anos, em 2031.
Apesar das suas dimensões e da sua trajetória, os cientistas afirmam que o cometa não representa uma ameaça para a Terra e que, embora esteja longe para que os humanos o possam observar sem o auxílio de um telescópio, está consideravelmente mais perto do que a última vez que a rocha visitou a nossa parte do sistema solar, encontrando-se a 29 unidades astronómicas (UA) do Sol e da Terra. Os cientistas calcularam que em 2031 o cometa estará ainda mais perto, a cerca de 11 UA do Sol, O estudo foi publicado no arXiv.org.
“Concluímos que o Bernardinelli-Bernstein é um cometa ‘novo’ no sentido de que não existem provas de uma passagem mais próxima do que 18 unidades astronómicas”, apontam os autores do novo estudo.
Os astrónomos poderão observar e estudar com mais detalhe acerca deste cometa e da formação do sistema solar à medida que este se aproxima do nosso planeta.
O cometa foi detetado pela primeira vez em 2014 e foi denominado em homenagem aos cientistas que o descobriram. “Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto — ou pelo menos maior do que qualquer um estudado — e o facto de termos descoberto cedo o suficiente permite que o possamos ver evoluir à medida que se aproxima e aquece”, comentou Bernstein. Os autores do estudo calcularam ainda a trajetória do cometa na sua última aproximação há 3,5 milhões de anos atrás, revelando que este chegou a 18 UA do Sol. “Há mais de 3 milhões de anos que ele não visita o sistema solar”, acrescentou. Só sete anos após ter sido detetado pela primeira vez é que os cientistas foram capazes de o identificar, sendo que inicialmente foi confundido com um planeta anão.