Os cálculos da equipa do Centro de Competência para Análise, Visualização e Simulação de Dados (DAViS, no acrónimo em inglês), da Universidade de Ciências Aplicadas de Graubunden, na Suíça, arrancaram em finais de abril. Agora, a equipa anunciou ter conseguido bater um recorde e calculado o número Pi em 62,8 biliões de dígitos, batendo o anterior recorde por mais de 12,8 biliões.
O método de cálculo recorreu a um Y-cruncher (programa específico para calcular o número Pi), anotações hexadecimais e depois a uma verificação por parte de um algoritmo matemático. O processo demorou 108 dias e nove horas a estar concluído e este tempo inclui 139 horas nas quais os computadores estiveram em baixo para manutenção ou para fazer cópias de segurança. O recorde anterior demorou cerca de oito meses a ser estabelecido, em 2020, no Alabama, noticia a publicação Vice.
Heiko Rölke, responsável pelo DAViS, explica que todo o processo que culminou com este recorde foi uma aprendizagem: “No decurso da preparação e da realização dos cálculos, conseguimos acumular muito conhecimento e otimizar o processo”. O gestor de projeto Thomas Keller assume que “o cálculo mostrou que estamos preparados para os dados e a computação intensiva na investigação e desenvolvimento”.
A título de curiosidade, os últimos dez dígitos da sequência agora conhecida são 7817924264. O número completo só será revelado quando o recorde for inscrito no Livro de Recordes do Guinness.