Há diversas equipas a trabalhar em experiências e investigação no domínio da fusão nuclear em todo o mundo. A EAST, da China, revela ter batido o recorde mundial ao ter mantido plasma a 120 milhões de graus durante 101 segundos. Os cientistas procuram recriar o processo que acontece no Sol para gerar volumes consideráveis de energia, com calor intenso e pressão combinados para produzir plasma onde os núcleos atómicos se fundem a velocidades incríveis, explica o New Atlas.
Há várias abordagens possíveis para se conseguir o feito, mas vários especialistas consideram que a estrutura usada pelo EAST é das mais promissoras: há uma série de componentes desenhados para manter e suportar volumes de plasma superaquecido para que as reações aconteçam. A equipa do EAST conseguiu, em 2016, suster plasma a 50 milhões de graus durante 102 segundos. Dois anos depois, conseguiu manter o material a 100 milhões de graus, mais de seis vezes a temperatura do Sol, durante 10 segundos. Agora, a agência estatal Xinhua revela ter sido estabelecido um recorde mundial, com o material a 120 milhões de graus a ser mantido durante 101 segundos, naquilo que está a ser designado como ‘Sol artificial’. O objetivo da equipa é manter plasma a 100 milhões de graus durante mais de mil segundos, ou seja, 17 minutos.
O resultado agora conseguido na China supera o anterior recorde, estabelecido no final de 2020: na Coreia do Sul, o reator de fusão nuclear conhecido como KSTAR produziu plasma que atingiu temperaturas de 100 milhões de graus centígrados por um período de 20 segundos.
Estas equipas não pretendem encontrar novas formas de gerar eletricidade utilizável pelo público, mas sim avançar o campo da Física de fusão nuclear para aparelhos de próxima geração como o ITER.