Pela primeira vez em 44 anos, rochas lunares foram trazidas para Terra para posterior análise. Depois da União Soviética com a missão Luna 24 em 1976, foi a vez de a China com a Chang’e 5 agora em 2020 ter conseguido ir até à Lua e trazido amostras. É uma estreia para a China neste contexto.
A cápsula com as amostras aterrou na Mongólia na quinta-feira passada e foi recuperada por equipas que se deslocaram em camiões e helicópteros para o local. A 23 de novembro a missão espacial arrancou com destino à Lua. Oito dias depois, chegou à Lua e começou imediatamente a perfurar, recolhendo material do solo e do ar. Depois de alguns dias, a 6 de dezembro, a sonda de superfície juntou-se ao veículo que a trouxe de volta para Terra. A 13 de dezembro começou a viagem de regresso, concretizando-se a aterragem quatro dias depois, a 17, recorda o Technology Review.
A missão chinesa apontou baterias à zona de Mons Rükmer, onde as rochas têm 1,2 mil milhões de anos. Na era Apollo, as rochas recolhidas eram mais antigas, datando de três a quatro mil milhões de anos atrás. Com estas amostras agora, a comunidade científica vai poder perceber melhor a evolução da própria Lua e desenvolver novas técnicas para estimar e estudar a idade geológica em planetas, luas e asteroides.
A China prepara-se para lançar agora a Chang’e 6, uma nova missão de recolha de amostras, em 2023 ou 2024.