O Psique é o maior asteroide na Cintura de Asteroides e é formado essencialmente por metal. Agora, os desenhos 2D e 3D criados por investigadores indicam que, além da composição metálica e porosa, estamos perante o que serão os restos de um planeta ainda por formar ou que já se extinguiu. A informação da composição do corpo é essencial para a NASA, que pretende enviar uma nova missão científica destinada àquela formação do Sistema Solar, situada entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Wendy Caldwell, do Los Alamos National Laboratory Chick Keller, explica que a modelação das estruturas de impacto em Psique contribui para o entendimento científico dos corpos metálicos e como a formação de crateras é diferente em objetos de metal face ao que acontece em corpos rochosos ou gelados.
A equipa de Caldwell conseguiu recriar um modelo 3D da formação da maior cratera de Psique, aferindo um ângulo de impacto oblíquo, que deformou o asteroide de uma forma muito específica e previsível, dados os materiais envolvidos, noticia o SciTech Daily.
“A nossa capacidade de modelar o impacto durante a fase de modificação é essencial para perceber como as crateras se formam nos corpos metálicos. Na fase inicial de formação da cratera, o material em análise age como um fluido. Na fase de modificação, no entanto, a força do material desempenha um papel fundamental na forma como não é ejetado em pedaços na cratera”, explica a investigadora.
A modelação aconteceu no supercomputador de Los Alamos, usando a ferramenta FLAG, que já tinha sido aplicada com sucesso em estudos semelhantes no passado. “Com base na velocidade provável do impacto, na gravidade local e nas estimativas de densidade, a formação da maior cratera de Psique foi dominada pela força e não pela gravidade”, estima Wendy Caldwell.