Uma equipa de engenheiros e geólogos do Colégio Imperial de Londres e das Universidades de Friburgo e do Texas concluiu que o asteroide que dizimou os dinossauros atingiu a Terra no ângulo mais mortífero possível. Uma pequena variação do ângulo de entrada poderia ter originado resultados muito diferentes e a vida na Terra seria bastante diferente da que conhecemos atualmente.
Recorde-se que os dinossauros extinguiram-se da Terra na sequência da colisão de um asteroide com dez quilómetros de diâmetro, que caiu na Península do Yucatán, há 66 milhões de anos. Na sequência desta colisão, mais de 75% de toda a vida na Terra foi exterminada.
A equipa de cientistas recorreu a simulações 3D da cratera de quase 200 quilómetros para determinar que o asteroide veio de nordeste, num ângulo de 60 graus para o solo. Este foi mesmo o “pior cenário possível” para os dinossauros, explica Gareth Collins, um dos autores do estudo, citado pelo New York Post. “A colisão do asteroide libertou uma quantidade incrível de gases que alteraram o clima e desencadeou uma série de acontecimentos que levaram à extinção dos dinossauros”, complementa o cientista.
A colisão, por si só, não foi o mais devastador para o planeta, mas sim a sequência de eventos que se seguiu, como, por exemplo, a libertação de gases que tornaram a atmosfera irrespirável durante 18 meses.