O Telescópio Solar Europeu (EST na sigla em inglês) será totalmente desenvolvido pela Associação Europeia de Telescópios Solares (AEST) e a Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space vai representar Portugal na direção do consórcio internacional. O projeto envolve 30 instituições de 18 países para a construção do maior telescópio solar da classe dos quatro metros na Europa. Este aparelho vai ajudar a perceber melhor a atividade magnética solar e o impacto dos ventos e tempestades solares na Terra.
O EST vai interar o Fórum Estratégico Europeu sobre Infraestruturas de Investigação (EFRI), organismo do qual faz parte a FCT. Agora, a FCT e a Portugal Space vão colaborar estreitamente nesta iniciativa, para além dos habituais esforços comuns na ESA e no Observatório Europeu do Sul, explica o comunicado de imprensa.
Chiara Manfletti, a presidente da Portugal Space, explica que o envolvimento num projeto desta envergadura, “que é uma pedra angular da astronomia terrestre europeia, é fundamental para o desenvolvimento, não só do conhecimento europeu, mas também da competência portuguesa neste campo científico”. A primeira fase do projeto deve terminar no final de 2020 e incide sobre a elaboração de um plano detalhado sobre a forma como irá ser feita a instalação.
Com esta ferramenta, a Europa pretende preencher um vazio que está por ocupar e examinar a união magnética na atmosfera solar, desde as camadas mais profundas da fotosfera até aos estratos mais altos da cromosfera e revelar os atributos térmicos, dinâmicos e magnéticos do plasma do Sol em alta resolução espacial e temporal. O estudo antecipado vai permitir prever, adaptar e minimizar os impactos das tempestades solares, que podem levar a perdas incalculáveis, na Terra.
O Telescópio Solar Europeu vai ser instalado nos observatórios das ilhas Canárias, em Espanha, e deve estar operacional em 2027.