ReSwarm pode muito bem ser o princípio de uma nova geração de robôs – e hoje será um dos dias decisivos do projeto desenvolvido no âmbito do programa MIT Portugal. Desde 10h30 até por volta das 19h00, dois robôs Spheres vão testar, na Estação Espacial Internacional (ISS), dois conjuntos de algoritmos, com o propósito de apurar qual deles é o mais eficiente no controlo de formação de dois ou mais autómatos. «Estes robôs voltam à Terra em dezembro. O que significa que tivemos a honra de ser dos últimos investigadores a fazer testes com os Spheres», explica Rodrigo Ventura, professor do Instituto Superior Técnico e investigador dos Instituto de Sistemas e Robótica de Lisboa (ISR-L).
O vídeo aqui inserido está sujeito aos constrangimentos técnicos das órbitas da ISS, a cerca de 600 quilóemetros de altitude. Em alguns pontos dessas órbitas as transmissões perdem-se – e por isso são momentaneamente substituídas por ecrãs vermelhos.
Os testes com os Spheres são considerados fulcrais: os algoritmos foram desenhados para uso em robôs desenvolvidos para uso no Espaço, que deverão poder voar em todas as direções e graus de movimento. «A ausência de gravidade é um fator crítico e, por isso, levamos a cabo estes testes na ISS», sublinha Rodrigo Ventura.
Os dois conjuntos de algoritmos foram desenvolvidos por três investigadores dos ISR-L: Duarte Dias, Monica Ekel, e Pedro Roque. No final do ano, os robôs Spheres deverão regressar a Terra, dando por concluída a série de missões prevista aquando do desenvolvimento conjunto pelo MIT e pela NASA. Mas a vinda dos robôs não esgota a expectativas dos investigadores do Técnico. Até porque os Spheres vão ser substituídos por robôs mais recentes que dão pelo nome de Astrobee.
«Vamos dar continuação a este projeto. Ainda não temos nada aprovado, mas estamos a lutar por isso», conclui Rodrigo Ventura, confirmando que está a ser estudada a continuação do projeto ReSwarm, cujo termos está agendado para março de 2020.