Korkut Uygun, da Harvard Medical School e do Massachusetts General Hospital, explica que «as tecnologias estão já disponíveis ou facilmente ao alcance» para se conseguir conservar órgãos humanos a muito baixas temperaturas, mantendo a possibilidade de os utilizar novamente. Numa experiência bem sucedida, os órgãos arrefecidos estavam em boas condições para serem usados passadas 27 horas.
A hipótese de os congelar não se coloca, porque os cristais de gelo causariam danos irreparáveis. A equipa usou uma técnica para baixar a temperatura de água até -6 graus centígrados, sem a congelar.
Os cientistas foram bem sucedidos em preservar fígados de rato com este método e escrevem agora na Nature Biotechnology que conseguiram encontrar forma de injetar químicos nos fígados humanos para os manter num estado de «animação suspensa». O processo de recuperação destes fígados foi feito através da injeção gradual e lenta de sangue quente.
Este avanço aumenta o tempo de vida dos órgãos disponíveis para transplante, aumentando o alcance deste procedimento.