A sonda robotizada Vikram é parte fulcral da missão Chandrayaan-2, um projeto que visa explorar o misterioso pólo sul da Lua. A sonda iniciou as manobras de descida durante este fim de semana, mas, a dois quilómetros da superfície, a equipa em Terra perdeu as comunicações. Os investigadores indianos pretendiam obter mais informações sobre as crateras do pólo sul, que estão no lado oculto da Lua, perceber melhor a sua composição e aferir quanto gelo poderá ali estar localizado.
A Vikram transporta a bordo a sonda Pragyan e os dois veículos estavam carregados de aparelhos científicos para tirar medidas e fazer as suas observações, enviando os dados de volta para terra. A poucos minutos de tocar na superfície, a cerca de dois quilómetros, os cientistas acabaram por perder o contacto e as comunicações desligaram-se. Ao que tudo indica, a sonda ter-se-á despenhado à superfície. A confirmar-se esta será a segunda vez que a Índia terá despenhado uma sonda na Lua: a primeira vez foi em 2008, na missão Chandrayaan-1, cujo objetivo era mesmo despenhar-se para analisar os detritos e materiais que se levantassem da superfície. Desta vez, porém, o objetivo era manter as duas sondas “vivas” durante um período alargado de tempo.
A missão não terá sido um fracasso completo, uma vez que iniciou a 22 de julho e, durante o mês de agost, a Chandrayaan-2 esteve a orbitar a Lua durante váris dias., recolhendo informações. Esta nave irá ficar em órbita pelo menos durante um ano, com os instrumentos de análise, câmaras e raios-X a perscrutar a Lua durante esse período.
Já em abril, uma empresa israelita tentou alunar uma sonda, também sem sucesso. Esta é a terceira tentativa, este ano, de colocar aparelhos à superfície da Lua, mas só a China conseguiu um bom resultado neste domínio.