O Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionosphere Sounding Instrument, ou MARSIS, foi o instrumento usado para detetar provas da existência de água no estado líquido em Marte. O aparelho recolheu dados entre maio de 2012 e dezembro de 2015 e enviou sinais através da superfície e calota polar de Marte, medindo como as ondas de rádio refletiam de volta para o Mars Express. Segundo a amostragem recolhida, há um lago cerca de 1,6 quilómetros de profundidade e que mede cerca de 20 quilómetros de comprimento, noticia a CNN.
«Esta é apenas uma pequena área de estudo: é uma perspetiva excitante pensar que poderá haver mais destas bolsas de água noutras áreas, ainda por descobrir», afirmou Robert Orosei, o coordenador do estudo.
Esta é a primeira vez que se encontram provas de existência de corpos de água estáveis em Marte, embora essa teoria já tivesse sido formulada há 31 anos. Tal como acontece com os corpos de água que se encontram na zona do Antárctico, aqui na Terra, também estas massas em Marte pode alojar sais ou outros minerais que podem servir de indicadores importantes para se perceber o clima em Marte.
Nathaniel Putzig, responsável pela missão Mars Reconnaissance Orbiter SHARAD, revela que «não conseguimos ver o mesmo reflexo com o SHARAD, nem mesmo quando reunimos recentemente milhares de observações para criar visualizações 3D de ambas as calotas», lançando dúvidas sobre os resultados conseguidos pelo MARSIS.