O sistema permite fazer perguntas fechadas e obter respostas de Sim ou Não e pode ser usado, por exemplo, para perceber se o paciente pretende continuar a viver ou que as máquinas sejam desligadas. O neurocientista Niels Birbaumer criou uma interface que assenta na cabeça do paciente como se fosse uma touca para o banho e mede as flutuações nas ondas cerebrais e também o fluxo de sangue. Para assegurar a fiabilidade das respostas, os pacientes responderam a perguntas como se tinham nascido numa determinada localidade ou se Paris é a capital da Alemanha, de forma a aferir também o grau de consciência de cada um. Os cientistas garantem que esta solução consegue acertar a resposta correta 70% das vezes, noticia o Technology Review.
Os familiares dos doentes confessaram um grande alívio por poderem comunicar com os seus entes queridos, tanto tempo depois de um silêncio total. Num dos casos, o paciente está paralisado, sem qualquer reação ou movimento, há quatro anos e, com esta experiência, os familiares conseguiram ter alguma resposta.
Não há qualquer estudo que diga quantos pacientes possam estar no estado de locked-in, quando ficam completamente paralisados com doença de Lou Gehrig ou esclerose lateral amiotrófica.
Birbaumer quer agora trabalhar neste sistema para permitir que os doentes possam escolher letras, de modo a conseguir formular palavras e não ficarem restritos a apenas perguntas fechadas.