Investigadores da universidade de Stanford criaram um algoritmo que faz com que a Inteligência Artificial (IA) consiga ser tão eficaz como um médico a detetar cancro da pele. O artigo onde é relatado este trabalho foi publicado na Nature e permite saber que o programa recorreu à análise de 130 mil imagens de sinais, erupções cutâneas e lesões, em conjunto com “deep learning”, para se tornar especialista.
Depois foi testado contra 21 dermatologistas na identificação de potenciais casos de cancro de pele, obtendo uma taxa de sucesso na análise superior à dos médicos certificados: 96% nos casos malignos e 90% nos benignos por parte da IA contra os 95% nos malignos e 76% nos benignos dos humanos.
Inicialmente, a equipa de cientistas começou por usar como base desta IA o algoritmo de “deep learning” que a Google utiliza para classificar imagens. Depois foi mostrando milhares de fotos e as respetivas etiquetas a identificarem o tipo de cancro, uma vez que não há uma base de dados disponível. No total, acabou com 129450 imagens de 2032 doenças diferentes.
No futuro, os cientistas pretendem usar esta IA numa app para dispositivos móveis, para que as pessoas possam fazer um teste de deteção em casa. É que, quando é detetado numa fase inicial, o melanoma tem uma taxa sobrevivência de 97%, mas esse valor baixa para 14% quando é diagnosticado tarde.
Contudo, tal não se afigura uma tarefa fácil, segundo o The Verge. É que a IA ainda precisa de ser melhorada a dois níveis: garantir uma segurança maior nos resultados antes de ser disponibilizada ao público; e ser capaz de trabalhar com fotos produzidas a partir de um smartphone, por oposição às imagens médicas de alta qualidade com que foi treinada.
Pode saber mais detalhes no vídeo abaixo.