Uma série de acontecimentos infelizes, incluindo erros humanos e falhas de software, levou a que a Agência Espacial Japonesa (JAXA) perdesse o controlo sobre o Hitomi cerca de um mês depois do lançamento. Agora, um artigo na Nature revela as observações finais do Hitomi, ou seja, os últimos dados recolhidos pelo satélite, incluindo a última fotografia captada e esse conjunto de informações pode ajudar a comunidade a perceber melhor o papel dos buracos negros na formação de galáxias.
O satélite, antes de se perder, estava a observar o Perseus Cluster, a 240 milhões anos luz de distância e com um enorme buraco negro no centro. Descobriu-se agora que, no centro do cluster, há pouca atividade de gases: «a maior surpresa é que energia emitida pelo buraco negro é absorvida de forma bastante eficiente», explicam os investigadores. «Este gás é o ponto de partida para a formação de galáxias. Há mais neste gás quente do que há estrelas nas galáxias», diz Brian McNamara, citado pelo Gizmodo.
As descobertas reveladas agora basearam-se apenas num conjunto restrito de dados recolhidos pelo Hitomi.