Apesar de o mar registar ondas de 12 a 15 pés (de 3,6 a 4,5 metros), foi uma avaria numa das pernas do rocket que pôs em causa esta aterragem. Elon Musk disse que provavelmente aconteceria o mesmo se tentassem pousar o rocket em terra firme.
A ideia do fundador da SpaceX é reaproveitar os foguetões usados nos lançamentos das várias missões espaciais, diminuindo o investimento necessário para enviar carga ou astronautas para o espaço. Para cada lançamento novo, a SpaceX tem de fazer um investimento de 60 milhões de dólares. Se conseguir reaproveitar os foguetões, este custo fica pelos 200 mil dólares. No entanto, apesar de já ter conseguido aterrar um rocket no solo, ainda não se conseguiu fazer o mesmo a bordo de uma barcaça no mar, explica o The Verge.
Aterrar em solo firme é relativamente fácil, mas é necessário que toda a missão seja programada para esse fim e exige uma capacidade de combustível extra, o que torna essa opção inviável em alguns casos. A possibilidade de aterrar num navio no mar abre muitas mais possibilidades, nomeadamente porque os navios podem movimentar-se e apanhar os rockets, mesmo que estes não estejam a seguir a trajetória planeada. Esta movimentação permite poupanças consideráveis no combustível que o rocket precisa para o retorno e diminui alguma da distância horizontal que tem de ser percorrida.
Além da ondulação do mar e da avaria na perna, a SpaceX estava a usar uma versão mais antiga do Falcon 9, a v1.1. Em dezembro, a empresa conseguiu, com aterrar a nova versão do Falcon 9 em solo firme.
A missão deste fim de semana foi globalmente um sucesso, com o lançamento do satélite Jason-3 para monitorização dos oceanos.