A osteorartrite é uma doença que afeta os joelhos de pessoas e idosas – e que exige uma ressonância magnética para fazer um diagnóstico. Dinis Moreira não encontrou a forma de curar ou tratar a osteorartrite, mas desenvolveu uma ferramenta que permite fazer um diagnóstico bem menos oneroso, através da colocação de um simples acelerómetro sobre a articulação.
O jovem investigador desenvolveu a nova ferramenta de diagnóstico nos laboratórios da Fraunhofer no Porto durante a tese de Mestrado. A ferramenta desenvolvida durante o projeto KneeGraphy valeu a Dinis Moreira uma nota de 18 valores na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e ainda a inclusão da nova ferramenta na plataforma de telemóvel SmartCompanion, que agrupa várias funcionalidades e aplicações dedicadas aos utilizadores de terceira idade.
A nova ferramenta deteta os sinais de osteoartrite através da análise de vibrações emitidas pelo joelho quando a perna dobra ou estica. As vibrações são analisadas com a ajuda de um acelerómetro e recorrendo a algoritmos de processamento de sinal. Processada a informação, a ferramenta fica em condições de classificar o joelho como saudável ou como padecendo de artrite.
«Com a implementação de tal sistema, seria possível diminuir o número de exames radiográficos, ressonâncias magnéticas, entre outros, havendo uma maior celeridade na deteção deste tipo de patologia e consequentemente prevenção/estabilização da sua progressão. Ao combater o problema antecipadamente seria possível reduzir os encargos financeiros e aumentar a qualidade de vida dos pacientes, atuando mais precocemente na prevenção e estabilização da doença», refere o comunicado da Fraunhofer.