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O telescópio espacial Kepler já descobriu 4696 objetos de interesse, incluindo candidatos a novos planetas. No meio deste lote, está o primo mais afastado da Terra, um planeta que apresenta bastantes semelhanças com o nosso.
O novo catálogo de planetas descobertos pelo Kepler foi elaborado com base em dados registados entre maio de 2019 e maio de 2013. Durante estes quatro anos, o telescópio deteta e marca os KOI, de Kepler Objects of Interest, que depois são analisados individualmente por equipas de investigadores. Este sétimo catálogo é o primeiro a ser produzido com os resultados de um software automatizado de análise dos dados recolhidos, noticia o io9. Assim, o processo de descoberta é mais rápido, resultando num aumento do volume de exoplanetas descobertos.
«Agora que o processo é automatizado, conseguimos analisar todos os sinais de forma automática», explica Jeff Coughlin, investigador que trabalha com o Kepler e com o SETI. A automatização da tarefa permite uma análise melhor, mais pormenorizada e mais rápida. Como resultado deste processo, está a descoberta do Kepler 452b, o planeta que está a ser apelidado de Terra 2.0 ou como o primo mais afastado da Terra.
Este exoplaneta mostra condições para ser habitável e reune um conjunto de aspetos a seu favor: tem as dimensões ideias, está no sítio certo e circula em torno de uma estrela semelhante ao nosso Sol. A temperatura no Kepler 452b é a ideal para manter a água no estado líquido e detetou-se que provavelmente a atmosfera é um pouco mais espessa do que a da Terra. Um ano naquele planeta tem apenas mais 20 dias do que um ano cá e o seu Sol tem praticamente a mesma temperatura e massa do que o nosso.
«O Kepler 452b leva-nos um passo na direção de entender quantos planetas habitáveis existem lá fora», disse Joseph Twicken, investigador do SETI Institute. Sabe-se que os dados do Kepler revelaram a existência de 12 exoplanetas que são potencialmente habitáveis e que os cientistas querem investigar mais a fundo durante o próximo ano.