A tática de banhar a pele da cebola a ouro poderá permitir avanços significativos no domínio da robótica e no segmento da saúde nos próximos tempos. A cebola tem uma estrutura celular única, que facilita a criação de um músculo que poderá manter-se mole e ter elasticidade, como acontece com os músculos naturais, explica o The Verge.
O material usado é a pele da cebola, a camada fina que se encontra sob a casca mais rija daquele vegetal. Essa pele consegue esticar-se e tem uma boa capacidade de resposta a estímulos elétricos, devido à sua estrutura celular. O processo passou por congelar a seco a pele, mergulhá-la em ácido sulfúrico diluído e depois em duas camadas de ouro. O músculo artificial é criado com um elétrodo que permite receber os estímulos elétricos: uma corrente de baixa voltagem faz o músculo dobrar numa direção, enquanto as altas voltagens fazem dobrar no sentido contrário.
Os investigadores querem agora estudar uma forma de aumentar a capacidade de levantamento de peso deste sistema, uma vez que até agora só se conseguiu levantar até dois miligramas de cada vez.
A investigação poderá ajudar a criar robôs capazes de contrair, expandir-se e rodar a partir do mesmo músculo.