Em 2014, o exercício anual da disciplina de Robótica Industrial e de Serviços da Universidade do Minho definia como objetivo o desenvolvimento de um robô capaz de transportar o máximo peso possível num percurso de 10 metros e com um orçamento inferior a 25 euros por equipa.
No final, o robô da equipa 2Fast4U foi o vencedor do desafio que contou com oito equipas de alunos: as imagens atestam que não será propriamente um exemplo no que toca ao design e à estética, mas antes um portento de força conseguindo transportar 222 quilos num percurso de 10 metros concluído nuns “estonteantes” 10,06 segundos. No vídeo inserido nesta página, é possível ver o robô a transportar três alunos.
O vencedor do desafio anual de 2014 destacou-se de sobremaneira de todos os outros autómatos que, no dia 30 de abril, tomaram de assalto o átrio do polo da Universidade do Minho em Guimarães: nenhum outro chegou aos “três dígitos de peso”; no segundo lugar ficou a equipa Quadtruck, com um autómato de 9,5 quilos, que transportou um total de 27,5 quilos, e concluiu um percurso de 10 metros em 10,68 segundos; o terceiro lugar foi atribuído à equipa Fourspeed, que criou um robô de 19 quilos, que transportou um total de 37 quilos, num percurso de 10 metros concluído em 7,39 segundos.
Apesar do ênfase, o peso não foi o único fator levado em conta na classificação das oito equipas: o resultado final de cada robô foi determinado pela divisão do peso transportado pelo peso do robô e a consequente multiplicação pela velocidade alcançada no percurso da prova.
Por e-mail, Fernando Ribeiro, professor da Universidade do Minho, refere mais alguns requisitos técnicos que os alunos dos cursos de Eletrónica Industrial e de Mecânica tiveram de respeitar para poder participar na prova: «Os robôs foram completamente construídos pelos alunos. Podiam usar o que quisessem, mas um dos requisitos era que usassem o mínimo orçamento possível (de preferência a custo zero)».
Com um orçamento que não podia exceder os 25 euros por equipa, os jovens criadores de robôs tiveram de puxar pela imaginação para adaptar equipamentos e dispositivos existentes nos laboratórios da Universidade ou nas arrecadações de casa. Fernando Ribeiro realça algumas das características mais inovadoras dos robôs que desfilaram em Guimarães: a par dos 222 quilos alcançados pela equipa 2Fast4U, mereceram ainda menção a equipa Fast Tabe por ter transformado uma mala num robô; a equipa Quadtruck por ter criado um site que permitia controlar o autómato através de plataformas Android; a equipa Mecatrões que fez uso de uma célula que estimava o peso transportado; e por fim a equipa LTRis que recorre a comunicações Xbee.
Fernando Ribeiro garante que a prova vai repetir-se no próximo ano – faltando apenas saber qual será o desafio que será colocado aos alunos de Robótica Industrial e de Serviços. Em 2011, os robôs tiveram de executar saltos em altura; em 2012 foi a vez dos saltos em comprimento; e em 2013 tiveram de subir escadas.
No vídeo que se encontra nestas páginas pode ver os robôs criados na Universidade do Minho em ação.