A informação está toda contida num pedido de registo de patente que a Motorola Mobility, detida pela Google, acaba de apresentar no Gabinete de Patentes e Marcas, dos EUA: retomando um conceito usado, inicialmente, por pilotos de aviões durante a Segunda Guerra Mundial, a Google pretende garantir a propriedade intelectual do uso de tatuagens eletrónicas que são incorporadas na pele da garganta do utilizador.
Segundo a Computerworld, o pedido de registo de patente refere que as tatuagens poderão recorrer tecnologias como Bluetooth, Near Field Communication (NFC) ou infravermelhos para comunicar com tablets e telemóveis.
A ficha técnica do pedido de registo de patente explica que, além do microfone, os circuitos tatuados na garganta do utilizador podem ainda incluir um módulo para envio e receção de comunicações sem fios, bem como a captação de energia junto de dispositivos que se encontram nas imediações.
A patente ainda não está atribuída, e o primeiro protótipo ainda deverá demorar algum tempo a ver a luz do dia, mas a polémica promete ser proporcional à expectativa gerada por esta tatuagem-microfone: além de deixar espaço manobra para um hipotética interceção das frequências que suportam as conexões com o telemóvel ou tablet, o novo circuito tatuado também deverá estar preparado para assumir funções de ativação e controlo de dispositivos (que passam a reagir aos movimentos da garganta), ou mesmo de detetor de mentiras… o que pode ser valorizado por alguns segmento da população que necessitam de novas formas de interação, mas também pode ser encarado como uma ameaça à privacidade.