O grafeno poderá ser o próximo material revolucionário na eletrónica, mas os investigadores apontam a dificuldade de se conseguir moldá-lo nas formas desejadas. Agora, na Universidade de Stanford testa-se a criação de tornar “folhas” de ADN em folhas de carbono, com uma única camada de atómos. A vantagem de usar o ADN é que este está acessível facilmente, pode ser manipulado em várias formas e reage bem ao ser associado aos iões metálicos que são usados para criar o grafeno, explica o ArsTechnica.
Até aqui, os investigadores organizavam os átomos de carbono numa estrutura hexagonal que conduz bem a eletricidade. Os conjuntos de átomos que não excediam os 10 nanómetros podem ser usados para construir circuitos e transístores eficazes, de forma mais barata e rápida.
A equipa de Zhenan Bao, da Universidade de Stanford, combinou as moléculas de ADN com nitrato de cobre e outros elementos químicos, para obter uma reação que permitiu criar conjuntos de grafeno com menos de 10 nanómetros. Embora tenha aberto algumas portas para outras pesquisas, o trabalho de Bao tem algumas limitações, nomeadamente no grau de pureza deste material. Cerca de 15% do conjunto é constituído por carbono não cristalino, que não tem as propriedades elétricas do grafeno.
No entanto, a solução já foi usada para criar transístores que apresentam um tempo médio de vida inferior às propostas originais.